![. "Esse momento aqui eu me acabei de chorar. Tiana, queria dizer que não tenho palavras [para dizer], o que você representa não só pra mim, mas pra essa nova geração que é a da minha filha", escreveu a artista. (Foto: Instagram)](https://www.jetss.com.br/wp-content/uploads/2024/03/img_1211-1.jpg)
A cantora Rebecca, conhecida por sua postura empoderada, foi anunciada como uma das atrações do Rock in Rio Brasil 2024. A artista, que conquistou o público com sucessos como “Ao Som do 150”, se junta ao Funk Orquestra, primeira orquestra de funk do mundo, para uma apresentação especial que promete agitar o Palco Sunset no primeiro dia do festival, em 13 de setembro.
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Originária do Morro do São João, comunidade do Rio de Janeiro, Rebecca destaca a importância de sua presença em eventos de grande porte como o Rock in Rio. “Nossas raízes musicais são pretas e precisamos que a nossa presença esteja em todos os lugares; nos palcos e na plateia. Sabemos que as oportunidades não surgem com facilidade para artistas que vão na contramão dos gêneros mais escutados do país. Então, se hoje posso subir no palco do Rock in Rio, é resultado de muito trabalho e mostra que estamos no caminho certo”, afirma a cantora em entrevista ao O Globo.
O primeiro dia do Rock in Rio Brasil 2024 será marcado pela celebração da cultura urbana, com artistas como Ludmilla, Travis Scott, 21 Savage e Matuê agitando o Palco Mundo. Enquanto isso, no Palco Sunset, o Funk Orquestra convida Rebecca, MC Daniel e MC Soffia para uma apresentação única que promete unir diferentes gerações e estilos musicais.
Para Rebecca, a presença cada vez maior dos ritmos urbanos no festival representa um avanço significativo na busca por igualdade na indústria musical. “Sabemos que a representatividade negra no line-up dos eventos sempre foi minoritária, mas estar hoje em um dos principais festivais no mundo demonstra que estamos conseguindo mudar este cenário. Por muito tempo, imaginar que teríamos dois palcos principais fechados com atrações do funk, rap e trap, três vertentes da música das comunidades, parecia uma realidade muito distante. Agora as portas estão se abrindo e faremos história. É só mais um passo de muita coisa que vem por aí”, declara.
No entanto, a cantora ressalta que ainda há desafios a serem enfrentados, como a falta de valorização dos ritmos da cena urbana por parte do público brasileiro. “Nós que cantamos funk, principalmente as mulheres, enfrentamos muitos preconceitos e estigmas, e precisamos batalhar diariamente para ter nosso espaço. Mas, as pessoas só valorizam algo que já é da nossa cultura quando artistas gringos vem ao Brasil, cantam funk, ou incluem em apresentações. O funk é um movimento popular muito forte, que transforma realidades”, diz Rebecca.
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