O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deve comparecer ao tribunal nesta terça-feira (10) para prestar seu primeiro depoimento em um julgamento por corrupção que começou em 2020. Ele enfrenta acusações de suborno, fraude e quebra de confiança, todas negadas por ele.
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O caso inclui três episódios principais:
- Bezeq Telecom: Netanyahu é acusado de favorecer a empresa com benefícios regulatórios avaliados em cerca de 1,8 bilhão de shekels (aproximadamente US$ 500 milhões) em troca de cobertura positiva no site de notícias controlado pelo então presidente da Bezeq, Shaul Elovitch.
- Presentes de empresários: O primeiro-ministro e sua esposa teriam recebido presentes no valor de quase 700 mil shekels (US$ 210 mil) de Arnon Milchan, produtor de Hollywood, e James Packer, bilionário australiano. Esses presentes incluíam champanhe e charutos, supostamente em troca de apoio a interesses comerciais de Milchan.
- Negociação com jornal: Netanyahu teria negociado um acordo com o proprietário do jornal Yedioth Ahronoth para obter cobertura favorável em troca de mudanças legislativas que prejudicariam um concorrente do veículo.
Embora o julgamento tenha sido eclipsado pela guerra entre Israel e Hamas iniciada em outubro de 2023, as acusações contra Netanyahu continuam sendo um tema divisivo no país. Seu governo já enfrentou protestos em massa devido a propostas de reforma judicial, que ele nega estarem relacionadas ao caso.
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Não há previsão para um veredito, e, segundo as leis israelenses, Netanyahu pode permanecer no cargo até uma condenação definitiva. As penas para as acusações incluem até 10 anos de prisão por suborno e até 3 anos por fraude e quebra de confiança.
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