Amostras do “vidro lunar” ajudaram a reconstituir a história do satélite (Créditos: Unsplash / NASA)
A descoberta também ajuda a entender erupções em outros corpos celestes (Créditos: Unsplash / NASA)
Cientistas dizem que os grãos alaranjados são uma cápsula do tempo natural da Lua (Créditos: Unsplash / Pedro Lastra)
Mais de cinco décadas depois da missão Apollo 11 ter trazido à Terra amostras misteriosas da superfície lunar, cientistas finalmente desvendaram o enigma do famoso “vidro laranja” encontrado pelos astronautas. As pequenas esferas vítreas e coloridas, que chamaram atenção pela aparência incomum, agora têm uma explicação científica surpreendente.
Pesquisadores analisaram os fragmentos com tecnologia de ponta e descobriram que o material foi formado por erupções vulcânicas violentas na Lua há cerca de 3,7 bilhões de anos. Essas explosões lançaram lava rica em ferro e titânio que, ao esfriar rapidamente, criaram os curiosos grãos laranja. Ou seja: o que parecia apenas um detalhe curioso de missão, agora reescreve parte da história geológica do satélite.
As descobertas indicam que a Lua era muito mais ativa do que se pensava, com eventos explosivos que moldaram seu relevo e deixaram vestígios únicos. A cor intensa dos grãos está ligada à composição química específica do magma lunar, revelando pistas sobre o interior do astro e sua formação.
O estudo também abre portas para novas interpretações sobre a atividade vulcânica fora da Terra e pode até influenciar futuras missões. O mistério do “vidro laranja” finalmente chegou ao fim — e o que ele contou sobre a Lua deixou cientistas boquiabertos.