A ideia de que as redes sociais foram criadas apenas para aproximar pessoas está ficando cada vez mais distante da realidade. Estudos e análises recentes apontam que o uso exagerado dessas plataformas pode funcionar como uma espécie de “lobotomia digital”, um processo silencioso que altera hábitos, reduz a concentração e deixa o cérebro dependente de estímulos rápidos. A promessa de conexão virou um ciclo vicioso de busca por curtidas, notificações e recompensas imediatas.
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Esse consumo descontrolado está ligado ao que especialistas chamam de anedonia moderna: a dificuldade crescente em sentir prazer em atividades simples fora das telas. Passeios, hobbies e interações reais começam a perder o brilho, enquanto o feed infinito se torna a principal fonte de estímulo. O cérebro passa a exigir doses constantes de novidade, tornando cada vez mais difícil desconectar ou aproveitar o mundo físico.
Entre jovens, o impacto é ainda mais evidente. O uso precoce e intenso das redes tem sido associado a atrasos na comunicação, dificuldades de socialização e alterações emocionais. A substituição de experiências reais por interações digitais afeta a construção da identidade e pode criar uma sensação permanente de vazio e frustração.
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A discussão já extrapola o campo da tecnologia e entra no território da saúde pública. Limitar o tempo de tela, criar espaços de convivência sem celulares e retomar atividades offline se tornaram medidas urgentes para evitar que a vida real seja engolida por algoritmos. A pergunta que fica é simples — será que estamos controlando as redes sociais ou sendo moldados por elas?
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