A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada no sábado (22/11) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou reações inusitadas entre os moradores do Condomínio Solar de Brasília, localizado no Jardim Botânico, no Distrito Federal, onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar. Após a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica, o político foi levado à Superintendência da Polícia Federal, o que desencadeou comemorações no local.
Mensagens trocadas no grupo de WhatsApp do condomínio, divulgadas pelo portal Metrópoles, revelam que alguns vizinhos celebraram a prisão com churrascos, festas e até queima de fogos. Um dos moradores chegou a anunciar que faria uma festa de aniversário antecipada, enquanto outro compartilhou a música “É hoje”, famosa na voz de Caetano Veloso, como trilha sonora da comemoração.
Além das festas no condomínio, houve também comemorações em frente à sede da Polícia Federal, onde Bolsonaro está detido. Críticos do ex-presidente estouraram champanhe e soltaram fogos de artifício no local. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), que concedia entrevista no momento, foi interrompida pelo barulho.
Paralelamente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, convocou uma vigília em apoio ao pai, o que gerou mais comentários entre os vizinhos. Uma moradora ironizou a iniciativa, dizendo estar aliviada por a vigília ser realizada na frente da PF e não mais no condomínio, evitando transtornos aos moradores. Outro comentário mencionava a escuta de fogos de artifício em diferentes quadras do residencial.
As manifestações refletem a polarização em torno de Bolsonaro, que enfrenta novas complicações judiciais em meio a suspeitas de tentativa de fuga e violação de medidas cautelares. Enquanto aliados tentam mobilizar apoio, parte da população reage com celebrações à sua detenção.
