
Absolvição de policial acusado pela morte do campeão de jiu-jítsu Leandro Lo gera revolta nas redes sociais. (Foto: Instagram)
Fátima Lo, mãe do lutador Leandro Lo, campeão mundial de jiu-jítsu, desabafou neste sábado (15/11) nas redes sociais, dizendo que sentiu como se tivesse sepultado o filho novamente. A declaração veio após o júri popular ter absolvido, na sexta-feira (14/11), o policial militar Henrique Velozo, acusado de matar Lo com um tiro na cabeça em 2022, no Clube Sírio, localizado na zona sul de São Paulo. Os jurados consideraram que o tenente da Polícia Militar agiu em legítima defesa.
Segundo Fátima, a audiência foi marcada por humilhações e provocações por parte da defesa do policial. Ela relatou que o comportamento da equipe jurídica foi agressivo e desrespeitoso com a família. A mãe do lutador afirmou que a defesa apresentou uma versão distorcida dos fatos, incluindo imagens manipuladas que mostrariam Leandro aplicando um mata-leão em Velozo. Fátima contestou a veracidade dessas imagens, alegando que o golpe só seria possível se seu filho estivesse usando uma camisa de manga, o que não era o caso.
Ela também criticou duramente o comportamento do réu após o crime, dizendo que ele matou, chutou o corpo, foi a um bordel e depois a um motel, e ainda assim foi considerado como tendo agido em legítima defesa. Fátima classificou a atuação da defesa como uma encenação completa. A família pretende recorrer da decisão judicial.
Henrique Velozo já está em liberdade. De acordo com seu advogado, Cláudio Dalledone Júnior, ficou comprovado, por meio de provas e laudos técnicos, que o tenente agiu para se proteger após ser agredido e desmaiar. O advogado Renan Canto afirmou que a defesa conseguiu demonstrar inconsistências nos depoimentos das testemunhas, o que teria levado à absolvição. Segundo os advogados, a decisão do júri reconhece que a versão apresentada pela defesa corresponde à realidade.
Dalledone ainda declarou que Leandro Lo foi um atleta excepcional, mas que, na visão da defesa, ele teria sido o causador da tragédia. O tenente deixou o tribunal como inocente e ainda membro da Polícia Militar.

