Em uma trama digna de filme de espionagem, o Brasil foi usado pela Rússia como uma verdadeira fábrica de espiões. Segundo o jornal The New York Times, agentes russos vinham ao país para criar identidades brasileiras falsas, vivendo aqui por anos como cidadãos comuns. Eles abriam empresas, faziam amizades e até se envolviam em relacionamentos, tudo para tornar suas coberturas mais convincentes. Após estabelecerem essas vidas fictícias, partiam para missões secretas em outros países, utilizando passaportes brasileiros legítimos para evitar suspeitas.
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A descoberta dessa operação veio à tona após a prisão de Sergey Cherkasov, que vivia no Brasil sob o nome de Victor Muller Ferreira. Ele foi detido na Holanda ao tentar se infiltrar no Tribunal Penal Internacional usando documentos brasileiros. A Polícia Federal, com apoio da CIA, iniciou a Operação Leste, que revelou uma rede de pelo menos nove espiões russos com identidades brasileiras falsas. Esses agentes, conhecidos como “ilegais”, são a elite da inteligência russa, treinados para viver sob disfarces por longos períodos.
O Brasil se tornou um local estratégico para essas operações devido à facilidade de obtenção de documentos e à diversidade étnica da população, que permite a russos se passarem por brasileiros sem levantar suspeitas. Além disso, o passaporte brasileiro oferece acesso a mais de 170 países, facilitando a movimentação dos espiões pelo mundo. As autoridades brasileiras estão agora investigando como essas identidades falsas foram obtidas e se há mais agentes ainda ativos no país.
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O caso de Cherkasov gerou um impasse diplomático, com Rússia e Estados Unidos solicitando sua extradição. Enquanto o Supremo Tribunal Federal autorizou a extradição para a Rússia, o Departamento de Justiça dos EUA também apresentou acusações contra ele. A decisão final caberá ao presidente brasileiro, que pode optar por não extraditar o espião, como já ocorreu em casos anteriores. Enquanto isso, a Polícia Federal continua suas investigações para desmantelar completamente essa rede de espionagem.
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