Você acha que enxergamos, ouvimos, cheiramos, saboreamos e sentimos — só — o que existe em nosso entorno? Uma nova proposta de pesquisa russa sugere que o cérebro humano seria mais poderoso se operasse com sete sentidos, não apenas cinco. Cientistas do Instituto Skoltech criaram modelos matemáticos que simulam memórias como estruturas multidimensionais, e descobriram que o desempenho cognitivo atinge seu ápice justamente quando as informações são codificadas em sete dimensões em vez de cinco ou seis.
Segundo o estudo, cada lembrança seria armazenada como um “engrama” — um padrão neural com múltiplas características sensoriais. Ao incorporar dois sentidos além dos tradicionais (como percepção interna do corpo ou detecção de campos), seria possível multiplicar a quantidade de memórias distintas que carregamos. O coautor Nikolay Brilliantov afirma que, com sete atributos para cada conceito, há um equilíbrio ideal entre complexidade e eficiência memorística.
Outro ponto intrigante: essa visão abre espaço para hipóteses ousadas. Cientistas especulam que poderíamos detectar campos magnéticos ou radiações sutis — algo como um “sexto sentido ampliado”. Se desenvolvêssemos dispositivos ou implantes neurais para adicionar esses canais sensoriais, talvez o cérebro passe a operar em um nível de consciência jamais imaginado.
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Essa teoria também tem repercussão direta no mundo da inteligência artificial. Para criar máquinas que pensem com flexibilidade parecida à nossa — não só armazenando dados, mas pensando em nuances — os autores defendem que sistemas de IA devem ter mais canais perceptivos. Segundo eles, arquiteturas inspiradas no cérebro podem levar robôs e softwares a interpretar o mundo de forma mais precisa e adaptativa.
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