O fotógrafo dinamarquês Peter Funch transformou um simples ritual urbano em uma cápsula do tempo visual — por quase uma década, ele ficou na mesma esquina em Manhattan, bem ao lado da Grand Central Station, exatamente entre 8h30 e 9h30 da manhã, registrando a ida das pessoas ao trabalho. Essas imagens foram reunidas em um livro impressionante que mostra não só o trânsito humano diário, mas também as sutis mudanças que ocorrem ao longo dos anos.
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Entre 2007 e 2016, Funch percebeu algo curioso ao revisar suas fotos: muitas das mesmas pessoas passavam por ali repetidas vezes, com expressões, roupas e até acessórios quase idênticos — como se repetissem um roteiro invisível toda manhã. E isso acontece justamente em Nova York, uma cidade conhecida pela pressa e pela variável imprevisível da vida urbana.
A força desse projeto está no impacto do déjà vu visual: olhar uma foto e sentir que ela foi tirada minutos antes, quando na verdade pode ser de anos atrás. Rosto, olhar, corte de cabelo — tudo parece estático, desafiando a ideia de que vivemos em constante transformação.
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O resultado é um registro humano simples e profundo: pessoas comuns, em momentos corriqueiros, se tornam protagonistas de uma narrativa silenciosa sobre rotina, identidade e repetição. Mais que curiosidade, o trabalho de Funch é um espelho: será que nossas manhãs são tão previsíveis quanto as que ele captou?
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