A Polícia Federal finalizou o relatório de investigação sobre o influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, e encaminhou o documento ao Ministério Público Federal (MPF). Apesar de rumores sobre sua liberdade e o fim do processo, a apuração segue em curso e não há decisão judicial que ateste sua inocência ou determine sua soltura.
Contrariando boatos, a PF não indiciou Buzeira por tráfico de drogas, tráfico interestadual ou associação para o tráfico. No entanto, ele foi formalmente indiciado por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa — crimes considerados graves e que justificam a manutenção da prisão preventiva, além do bloqueio de bens e outras medidas cautelares.
A defesa do influenciador, representada pelo advogado Augusto de Arruda Botelho, confirmou o teor do relatório e afirmou que Buzeira é inocente. Segundo nota oficial, a legalidade das atividades do influenciador será comprovada assim que ele for ouvido, o que ainda não ocorreu mesmo após 40 dias de prisão.
Buzeira foi detido em 14 de outubro durante a Operação Narco Bet, deflagrada para combater um esquema internacional de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico de entorpecentes. Com mais de 15 milhões de seguidores no Instagram, ele ganhou notoriedade promovendo rifas, sorteios de veículos de luxo e ações promocionais. A PF suspeita que parte do dinheiro movimentado tenha sido canalizado para o setor de apostas eletrônicas.
Agora, o MPF analisará o relatório da PF e decidirá se apresenta denúncia formal, solicita novas diligências ou arquiva o caso parcial ou integralmente. Vale lembrar que o indiciamento não transforma Buzeira em réu; isso só ocorrerá caso o Ministério Público ofereça denúncia e ela seja aceita pelo Judiciário.

