Thiago Schutz, conhecido nas redes sociais como “Calvo do Campari”, foi preso em flagrante na manhã de sábado (29/11) após ser denunciado por sua namorada por agressões físicas e tentativa de estupro. O caso ocorreu em Salto, interior de São Paulo. A vítima relatou à polícia que foi alvo de tapas, chutes e tentativa de violência sexual durante a madrugada. Após conseguir fugir, ela procurou ajuda policial e foi encaminhada ao hospital municipal para atendimento médico.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a mulher gritando em desespero e confrontando Schutz, que responde dizendo para chamar a polícia. O influenciador passou por audiência de custódia e foi liberado provisoriamente, com a imposição de medidas protetivas que proíbem qualquer contato com a vítima.
Schutz ganhou notoriedade nas redes após viralizar em um vídeo onde recusava uma bebida oferecida por uma mulher, alegando que estava tomando Campari. O episódio lhe rendeu o apelido “Calvo do Campari” e impulsionou sua carreira como influenciador voltado a temas de masculinidade, relacionamentos e comportamento masculino, com forte inspiração na ideologia “red pill”. Sua abordagem, frequentemente criticada por especialistas e usuários por promover discursos considerados misóginos, lhe rendeu uma base fiel de seguidores.
Além do caso atual, Schutz já havia se envolvido em polêmica em 2023, quando foi denunciado por ameaçar a atriz Lívia La Gatto após ela fazer comentários sobre seu conteúdo. O caso, no entanto, não avançou judicialmente por ser classificado como de menor potencial ofensivo.
A prisão de Schutz reacende o debate sobre a influência de figuras públicas que promovem discursos de ódio e comportamentos tóxicos sob o disfarce de aconselhamento masculino. O caso repercutiu amplamente nas redes sociais, sendo citado por parlamentares como a deputada Fernanda Melchionna, que destacou o caráter violento da misoginia praticada por influenciadores como Schutz.

