
Detalhe de obra em mármore de Sergio Camargo, em exposição no Teatro Nacional de Brasília. (Foto: Instagram)
A partir do dia 3 de dezembro, o Teatro Nacional de Brasília recebe a exposição inédita É Pau, É Pedra…, dedicada à obra do renomado escultor brasileiro Sergio Camargo. A mostra, com entrada gratuita, ocupa o Foyer da Sala Villa-Lobos e propõe uma imersão nas diversas fases da trajetória artística de Camargo, destacando sua habilidade em unir rigor geométrico e sensibilidade poética.
Organizada pelo Metrópoles e com curadoria de Marcello Dantas, a exposição foi concebida como um convite ao olhar atento, revelando a coerência e profundidade da pesquisa do artista. Camargo, que faleceu em 1990, é reconhecido internacionalmente e tem obras expostas em instituições de prestígio como o MoMA, em Nova York. Algumas de suas peças já foram vendidas por valores milionários e estão espalhadas pelo mundo.
A mostra é dividida em oito núcleos temáticos que exploram diferentes aspectos de sua produção: “Relva”, com esculturas em mármore de Carrara; “Urbe”, com estudos geométricos dispostos como uma cidade em miniatura; “Jardim Suspenso”, que utiliza mármore negro belga para explorar luz e sombra; “Relevantes”, com os emblemáticos relevos brancos; “Xadrez”, que traduz seu pensamento escultórico em forma de jogo; “Corpo”, com figuras femininas em bronze de sua fase inicial; “Atelier”, uma reconstrução simbólica de seus espaços criativos; e “Pai”, que exibe o documentário Se meu pai fosse de pedra, dirigido por sua filha Maria Camargo.
A proposta da exposição é criar um ambiente sensorial que revele a musicalidade e o ritmo presentes na obra de Camargo, estabelecendo paralelos com a sutileza de artistas como Tom Jobim. A ambientação do espaço foi especialmente pensada para valorizar a força visual das peças, transformando o local que antes sediou o Metrópoles Catwalk em um cenário de contemplação artística.
A exposição segue aberta ao público até o dia 25 de fevereiro de 2026.

