Durante a edição do Jornal da Band desta segunda-feira (1º/12), a apresentadora Adriana Araújo fez um discurso contundente e emocionado sobre a crescente violência contra mulheres no Brasil, após relatar dois casos chocantes ocorridos em São Paulo.
O primeiro caso envolveu uma mulher que teve as pernas amputadas após ser arrastada por um carro, supostamente dirigido por um ex-namorado enciumado ao vê-la com outro homem. O segundo caso foi o de uma funcionária de uma pastelaria que levou cinco tiros disparados por seu ex-companheiro. A vítima foi socorrida e permanece internada.
Após a exibição das reportagens, Adriana Araújo fez um apelo emocionado ao vivo, destacando que 15 mulheres são vítimas de tentativa ou consumação de feminicídio todos os dias no Brasil. “Quatro dessas mulheres vão morrer e outras 11, como a Tainara e a Evelyn, são as sobreviventes, as que escapam por um triz. Mas que vão seguir destroçadas, com uma dor tão profunda que nada apaga”, declarou.
A apresentadora questionou a inércia das autoridades diante dessa realidade brutal: “Quantos horrores mais nós teremos que noticiar para que esse martírio acabe? Que palavra falta eu dizer?”. Em seguida, cobrou ações mais firmes da polícia e da Justiça: “Enquanto não existir uma Tremembé para feminicidas, enquanto eles não apodrecerem atrás das grades, eles são os vitoriosos, e todas nós estamos condenadas”.
O discurso de Adriana repercutiu nas redes sociais e reforçou o debate sobre a impunidade e a urgência de políticas públicas mais eficazes para combater o feminicídio no país.

