
A crescente procura pelo medicamento Ozempic, utilizado originalmente para o tratamento da diabetes tipo 2, mas também popularizado por seu efeito de emagrecimento, tem provocado o surgimento de versões falsificadas do produto. Essas imitações representam sérios riscos à saúde, e, por isso, é fundamental saber diferenciá-las.
De acordo com a endocrinologista Tassiane Alvarenga, um dos principais indícios de falsificação está na aparência da caneta. O Ozempic verdadeiro apresenta uma coloração azul clara e o seletor de dose é marcado por pequenos tracinhos. Já as versões falsificadas costumam ser de um azul mais escuro e trazem números visíveis no seletor, como 0, 2, 4, 6 e 8 — algo que não está presente no produto original.
Outro ponto de atenção são os canais de venda. A comercialização de Ozempic deve ocorrer exclusivamente em farmácias ou estabelecimentos autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A oferta do medicamento por sites não regulamentados ou redes sociais é um forte indicativo de fraude.
O Ozempic é um fármaco injetável desenvolvido para ajudar no controle da glicose em pessoas com diabetes, mas também tem sido usado como auxiliar na perda de peso. Existe ainda uma versão com maior dosagem do mesmo princípio ativo, indicada especificamente para tratar a obesidade, chamada Wegovy. Ambas as medicações podem causar efeitos colaterais, como náuseas e alterações intestinais.
Com o aumento da demanda, é esperado que novas versões desses medicamentos surjam em breve. Até lá, especialistas alertam para que os consumidores fiquem atentos às características do produto e evitem comprar de fontes não confiáveis.

