Juliana Garcia, de 35 anos, usou as redes sociais para compartilhar detalhes sobre o relacionamento abusivo com o ex-namorado, Igor Eduardo Cabral, que a agrediu violentamente com 61 socos dentro de um elevador em Natal (RN), em julho. O ataque, registrado por câmeras de segurança, durou apenas 36 segundos, mas deixou Juliana com o rosto desfigurado. Igor, ex-jogador de basquete de 29 anos, foi preso após a divulgação das imagens.
Em uma interação com seguidores no Instagram, Juliana respondeu a uma pergunta sobre por que permaneceu no relacionamento mesmo percebendo sinais de violência. Ela explicou que vivia um “ciclo de abuso”, no qual momentos de agressividade se alternavam com períodos de aparente normalidade. “Relacionamento com esse tipo de gente não é ruim o tempo todo. Se fosse, ninguém ficaria”, afirmou. Ela também destacou que mulheres de diferentes classes sociais enfrentam situações semelhantes, e pediu empatia de quem não compreende essas dinâmicas.
Juliana revelou ainda que precisará passar por uma nova cirurgia para corrigir um desvio de septo agravado pela agressão, mas o procedimento só poderá ser realizado após seis meses. Em outra resposta, ela contou que não chegou a desmaiar durante o ataque e atribuiu sua resistência à proteção divina.
O caso gerou grande repercussão e reacendeu debates sobre violência doméstica no Brasil. A jovem tem usado sua visibilidade para conscientizar outras mulheres sobre os sinais de relacionamentos abusivos e encorajá-las a buscar ajuda. “Se eu me levantei, outras também podem”, disse em postagem anterior.