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Justiça de SP emite mandado de prisão definitiva contra ex-padre acusado de abusar de menores

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Ex-padre Pedro Leandro Ricardo foi condenado por abusos cometidos contra menores em Araras (SP). (Foto: Reprodução)

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) emitiu na quarta-feira (27/8) um mandado de prisão definitiva contra o ex-padre Pedro Leandro Ricardo. Ele foi sentenciado a dez anos e seis meses de reclusão por crimes de abuso cometidos contra menores na cidade de Araras, interior paulista.

De acordo com a decisão judicial, assinada pelo juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira, Pedro Leandro foi responsabilizado por abusar de quatro vítimas — três adolescentes e uma criança — entre os anos de 2002 e 2006. A sentença destaca que o ex-religioso escolhia cuidadosamente os jovens, utilizando-se da confiança que eles depositavam nele para cometer os abusos.

Apesar dos crimes terem ocorrido há mais de uma década, o caso só veio à tona em 2019, após denúncias encaminhadas ao Ministério Público de São Paulo (MPSP). Após ouvir vítimas e acusado, a Justiça aceitou a denúncia em 2020. Inicialmente, em 2022, a pena estipulada era de 21 anos, mas foi reduzida em março de 2024, devido à prescrição de parte das acusações, restando apenas duas condenações válidas.

Ainda em 2022, antes da condenação definitiva, o Vaticano anunciou a exclusão de Pedro Leandro do estado clerical, a punição mais severa aplicada pela Igreja Católica.

Durante o processo, o ex-padre negou todas as acusações, alegando que as denúncias surgiram por conflitos administrativos na Paróquia São Francisco. Ele afirmou nunca ter beijado, tocado ou abusado dos menores.

A defesa de Pedro Leandro, representada pelo advogado Paulo Sarmento, declarou que pretende solicitar uma revisão criminal, alegando que houve falhas processuais não consideradas pelos tribunais. A ordem de prisão foi emitida após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a condenação e encerrar as possibilidades de recurso.

Em nota ao Metrópoles, os advogados das vítimas afirmaram que receberam a decisão com alívio e como uma reafirmação do papel da Justiça. O processo canônico ainda está em andamento, e os representantes das vítimas — Talitha Camargo, Aline Giacon, Roberto Tardelli e Gustavo Paiva — buscam uma compensação financeira do ex-sacerdote.

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