Por décadas, cientistas tentaram entender por que Marte, que um dia teve oceanos e lagos, virou um deserto seco e inóspito. Agora, a NASA afirma ter encontrado a resposta: a culpa pode estar nos próprios ventos solares. De acordo com novos estudos, essas partículas vindas do Sol agiram como um aspirador cósmico, arrancando moléculas de água da atmosfera marciana ao longo de bilhões de anos.
A descoberta surgiu a partir de análises feitas por missões como a MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution), que monitora o comportamento da atmosfera marciana. Segundo os pesquisadores, o campo magnético do planeta, que poderia proteger sua atmosfera, desapareceu há cerca de 4 bilhões de anos — deixando Marte vulnerável à fúria do espaço.
Sem essa camada de defesa, os ventos solares passaram a interagir diretamente com os átomos presentes na atmosfera marciana. A água, que existe na forma de vapor e gelo, começou então a escapar para o espaço, gota a gota, até praticamente desaparecer.
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Essa revelação não apenas resolve um dos maiores enigmas do nosso sistema solar, como também levanta uma questão importante: poderia a Terra, um dia, seguir o mesmo destino? Embora nosso campo magnético esteja ativo, o alerta está lançado. O espaço é hostil — e nada é eterno.
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