Você sabia que há lugares no Brasil onde as casas superam a quantidade de moradores? Dados do Censo de 2022 revelam que Balneário Rincão (SC), Bombinhas (SC) e Ilhabela (SP) — destinos turísticos bastante procurados — têm mais imóveis registrados do que habitantes permanentes. Em Bombinhas, por exemplo, são cerca de 30 mil casas para 21 mil pessoas. Já em Ilhabela, há 40 mil residências para apenas 35 mil moradores.
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Além dessas, ao menos 18 outras cidades seguem a mesma tendência, como Ilha Comprida (SP), Matinhos (PR), Ilha de Itamaracá (PE), Mangaratiba (RJ), Saubara (BA), Rio Quente (GO) e Arroio do Sal (RS). Em Rio Quente, são 3.900 moradores e 4.100 imóveis. Já Arroio do Sal impressiona com 7.800 residências a mais do que o número de habitantes, que gira em torno de 11.100 pessoas.
Esse fenômeno acontece, principalmente, devido ao turismo e ao uso de imóveis como segunda residência. Muitas casas são compradas como investimento, para aluguel de temporada ou simplesmente como refúgio de fim de semana. Isso faz com que fiquem vazias durante boa parte do ano, mesmo sendo contabilizadas como moradias fixas.
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Apesar de aquecer o setor imobiliário e atrair visitantes, essa situação representa um desafio para as prefeituras, que precisam lidar com a infraestrutura urbana para uma população que varia bastante ao longo do ano. Abastecimento de água, coleta de lixo e rede de esgoto precisam dar conta tanto dos moradores quanto dos turistas que enchem as cidades em feriados e temporadas.
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