Carolina Dieckmann fala sobre desafio de interpretar Leila em “Vale Tudo”: “Sou zero sonsa”

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A atriz Carolina Dieckmann revelou que está vivendo um grande desafio ao dar vida à personagem Leila no remake de Vale Tudo, exibido pela TV Globo. Para ela, o papel contrasta fortemente com a sua própria maneira de ser, o que exige atenção constante durante as gravações.

“Nela é essa coisa dela ser sonsa. É o oposto de mim, sou zero sonsa, sou uma pessoa bastante expressiva. Muito difícil eu conseguir esconder alguma coisa”, contou a atriz, destacando que Leila, psicóloga na trama, é ex-esposa de Ivan (Renato Góes) e mãe de Bruno (Miguel Moro), além de iniciar um relacionamento com Renato (João Vicente de Castro) ao trabalhar na agência de publicidade Tomorrow. Mais adiante, será com Marco Aurélio (Alexandre Nero) que ela terá um envolvimento sério.

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Carolina explica que a maior dificuldade está em lidar com o comportamento da personagem. “Sou meio transparente. Acho que as pessoas que olham para mim, veem se estou feliz ou não, se estou confortável ou não. Então, trabalhar a Leila é deixar tudo isso numa outra profundidade. Quando a pessoa é sonsa, quando ela esconde o que está sentindo, é uma outra temperatura”, explicou.

Por ter entrado na novela depois do início das gravações, a atriz não pôde participar de toda a preparação feita em grupo, o que considera uma perda. “Não participei da preparação toda que o elenco participou, estava filmando o longa da Rosane Svartman [(Des)controle] e entrei na novela um pouquinho depois. Então, não fiz uma grande preparação com o elenco que todo fez junto. Isso foi uma coisa que obviamente me faz falta, ter essa memória com eles”, destacou.

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Segundo Carolina, manter a interpretação de Leila consistente requer um trabalho intenso de concentração. “Fazer uma personagem que tem uma característica tão diferente de mim, que identifico como algo que eu não sou na vida, é você estar atenta o tempo inteiro. É você não poder tirar esse elemento da interpretação, o tempo inteiro atenta a esconder o que estou sentindo e a passar outras coisas ao invés da verdade”, pontuou.

Ela acrescenta que essa forma de atuação tem sido desafiadora. “A tensão de escamotear as sensações e os sentimentos. Quando a cena vem escrita de um jeito aí tento fazer de outro jeito, porque, para mim, o que acontece é sempre uma espécie de acidente, por não ser algo que ela está expressando o que ela está sentindo”, explicou.

Carolina admite que, apesar da dificuldade em expressar com clareza como tem sido afetada pela vivência de Leila, sente satisfação com o resultado final. “Tudo parece que é uma coisa e na verdade não é. É um jeito de ler, parece muito subjetivo o que estou falando, é muito difícil de explicar, mas tenho conseguido fazer isso no texto”, finalizou.

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