O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está considerando devolver o relógio de luxo que ganhou durante uma viagem à França em 2005. A avaliação surgiu após o Tribunal de Contas da União (TCU) decidir que Lula poderia manter o presente, mas a decisão pode gerar comparações com o caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro da Arábia Saudita. Segundo fontes, a possibilidade de devolução foi discutida após aliados pressionarem para que Lula resolva o assunto definitivamente.
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O TCU, ao julgar o caso do relógio de Lula, apontou que faltam regras claras sobre o recebimento de presentes por presidentes da República. A decisão, baseada na maioria dos votos, pode beneficiar também Bolsonaro, especialmente após o ministro Jorge Oliveira, ligado ao bolsonarismo, destacar a ausência de regulamentação até 2016.
No entanto, o governo defende que em 2005 não havia normativas claras, diferentemente do período após 2016, quando o TCU implementou novas resoluções sobre o tema. Com base nessa diferença de contexto, a Advocacia Geral da União (AGU) pode recorrer da decisão do tribunal, buscando evitar precedentes que favoreçam Bolsonaro.
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Durante seus dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2010, Lula recebeu 568 presentes, dos quais 559 foram incorporados ao seu acervo pessoal. A decisão de devolver ou não o relógio ainda está em aberto, com o Planalto avaliando os possíveis impactos políticos de manter o presente.
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