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Os cães radioativos de Chernobyl: como eles sobreviveram ao pior desastre nuclear da história

Cachorros vivem entre ruínas radioativas e já estão na 15ª geração após o acidente de 1986. (Créditos: Reprodução) Photo by Daniele Franchi
Cachorros vivem entre ruínas radioativas e já estão na 15ª geração após o acidente de 1986. (Créditos: Reprodução) Photo by Daniele Franchi

Quase 40 anos após a explosão do reator 4 da usina de Chernobyl, na Ucrânia, uma população inesperada continua resistindo na região contaminada: os descendentes dos cães que foram abandonados às pressas durante a evacuação em 1986. Estima-se que mais de 700 cachorros vivem hoje na Zona de Exclusão, resultado de gerações que sobreviveram em meio à radiação, fome e isolamento total.

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Em 2017, cientistas americanos começaram a estudar o DNA de 302 desses animais e descobriram algo surpreendente: os cães carregam uma assinatura genética única. A dúvida é se essas alterações são efeitos diretos da radiação ou resultado da endogamia, já que os bichos ficaram confinados e se reproduzindo entre si por décadas. Os dados foram publicados somente em 2023 na revista Science Advances.

Embora esses cães vivam menos — entre 3 e 5 anos —, sua existência desafia a lógica científica e virou símbolo de resiliência. Mesmo selvagens, eles se acostumaram a conviver com humanos e recebem comida de trabalhadores da usina e turistas, que antes da guerra entre Rússia e Ucrânia podiam visitar a área com guias especializados.

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Com 2.600 km² ainda considerados contaminados, a Zona de Exclusão virou ponto turístico antes do conflito interromper os passeios. Sozinhos novamente, os cães de Chernobyl continuam enfrentando o abandono e a radiação — e seguem surpreendendo o mundo com sua incrível capacidade de adaptação.

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