Início Entretenimento Cérebro recriado com células humanas compõe novas músicas de artista morto

Cérebro recriado com células humanas compõe novas músicas de artista morto

Matéria cerebral recriada a partir de células de Alvin Lucier gera sons em tempo real em galeria australiana. Créditos: Pixabay ePhoto by artvizual
Matéria cerebral recriada a partir de células de Alvin Lucier gera sons em tempo real em galeria australiana. Créditos: Pixabay ePhoto by artvizual

O lendário compositor experimental Alvin Lucier, falecido em 2021, está “criando” novas músicas mesmo após a morte — graças a um projeto ousado que uniu ciência e arte para reconstruir parte de seu cérebro. A iniciativa, desenvolvida na Austrália, transformou células do próprio Lucier em um aglomerado de neurônios vivos que, conectados a instrumentos especiais, produzem composições sonoras inéditas.

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Batizada de Revivificação, a instalação está em exibição na Galeria de Arte da Austrália Ocidental, em Perth. No centro da obra, estão duas pequenas massas brancas com neurônios cultivados a partir de células-tronco derivadas do sangue de Lucier, coletado com sua autorização um ano antes de sua morte. Essas “bolhas cerebrais” interagem com 20 placas de latão nas paredes, que vibram e emitem sons conforme os impulsos neurais recebidos.

A proposta ousada vai além da simples homenagem: os criadores acreditam que estão dando continuidade ao pensamento artístico de Lucier, conhecido por obras que desafiavam os limites da percepção sonora. Em vida, ele já havia transformado suas ondas cerebrais em música e explorado a ressonância de objetos comuns — agora, sua essência criativa ecoa de forma literal no espaço expositivo.

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O artista Nathan Thompson, ao lado de outros criadores e de um neurocientista, afirma que o “cérebro em um prato” é uma forma de presença ativa no mundo real. Para eles, o projeto levanta questões profundas sobre imortalidade artística e identidade, propondo que a criatividade pode, de fato, sobreviver à morte — com ajuda da biotecnologia e de uma dose de ousadia.

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